Apesar de serem maioria na população e chefes de quase metade dos lares no Brasil, as mulheres ainda enfrentam uma dura realidade no mercado de trabalho. Elas ocupam apenas 38% dos cargos de liderança e recebem, em média, 21% a menos que os homens. O cenário é ainda mais grave no recorte racial: mulheres negras ganham 110% menos que homens não negros.
É para combater essa invisibilidade estrutural que nasceu a Karuma, uma mentoria especializada em dar palco a mulheres com trajetórias consolidadas, mas que o mercado insiste em não ver.
A frase da fundadora, Amanda Santos, resume a missão: “Ser boa não basta. Sem visibilidade, competência vira invisibilidade.” Criada para mulheres em transição, estagnadas ou desconectadas do próprio propósito, a Karuma une identidade, estratégia e comunicação para construir uma presença profissional autêntica e impossível de ser ignorada.
“O mercado ainda exige que mulheres provem seu valor o tempo todo. Muitas se silenciam para caber. A Karuma propõe o contrário: ocupar o próprio espaço com coragem”, explica Amanda.
À frente da Karuma está uma especialista que sentiu na pele os desafios que combate. Com mais de 15 anos de experiência corporativa e MBA em Liderança pela FGV, Amanda liderou projetos de transformação digital em grandes empresas. Sua transição para o empreendedorismo foi motivada por vivências reais de machismo e invisibilidade, que hoje alimentam sua atuação como mentora.
De dentro para fora
O trabalho da Karuma se estende para o ambiente corporativo com palestras e workshops provocadores. Com temas como “O Elefante na Sala” (sobre machismo) e “Mulheres Invisíveis”, Amanda leva a discussão sobre equidade de gênero para além do discurso.
“Diversidade não pode ser só uma bandeira bonita no LinkedIn. Precisa virar decisão, estrutura e prática”, afirma. Para ela, reconhecer mulheres competentes não é um favor, mas uma escolha de gestão inteligente.
Assim, a Karuma atua em duas frentes: devolvendo o protagonismo a mulheres incríveis e ajudando empresas a transformar, de fato, sua cultura, suas lideranças e sua responsabilidade na promoção da equidade.