Malala Filmes inaugura escola de audiovisual para mulheres negras e trans

Projeto terá primeira turma presencial em Brasília e fornecerá formação gratuita focada em mulheres no audiovisual

Envato
Projeto busca dar visibilidade para mulheres no audiovisual Foto: Envato

A produtora Malala Filmes acaba de lançar oficialmente a primeira turma presencial da Escola Adélia Sampaio, instituição dedicada à formação de mulheres negras, da periferia, pessoas trans e outros grupos historicamente marginalizados no setor audiovisual. Criado em 2022, o projeto iniciará com 20 alunas selecionadas a partir de parcerias com projetos sociais, universidades públicas e redes voltadas à diversidade.

 

Com 760 horas de formação ao longo de um ano, o curso está dividido em dois módulos: o primeiro aborda fundamentos do cinema, história e linguagens do audiovisual, já o segundo foca em áreas técnicas como fotografia, som, elétrica, produção e cidadania. O objetivo é preparar as alunas para atuar profissionalmente no mercado.

 

O projeto foi nomeado em homenagem à Adelia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um filme no Brasil com a obra “Amor Maldito”, lançada em 1984. A escolha se deu por sua importância para a resistência e representatividade no cinema nacional. 

O objetivo é promover cidadania, empoderamento e inclusão no setor, amplamente dominado pelos homens. Após a conclusão do curso, a proposta é que as participantes sejam encaminhadas a oportunidades no mercado, com o apoio da própria Malala Filmes e de suas parceiras.

Além da criação da escola, a produtora tem se destacado no cenário internacional. Em 2023, ela recebeu seis indicações no Festival Cannes Lions pelo filme Zumbi dos Palmares, dirigido por Viviane Santos, em seu primeiro trabalho publicitário. A produção conquistou dois prêmios, nas categorias Leão de Prata e Leão de Bronze.

As inscrições para a Escola Adélia Sampaio estão abertas até o dia 21 de setembro e podem ser efetuadas através do formulário disponibilizado no site do projeto.