O Ministério das Mulheres e o UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), firmaram na sexta-feira (12) um acordo de cooperação internacional que tem como meta ampliar a participação feminina e de jovens em espaços de decisão sobre mudanças climáticas no Brasil. A iniciativa tem como foco a COP30, que acontece em novembro de 2025, em Belém (PA).
O projeto vai oferecer cursos, encontros preparatórios, webinars e vivências em espaços de debate, como a Conference of Youth (COY), encontro internacional de juventudes ligado à ONU. Além das formações, a iniciativa também promoverá a produção de conteúdos digitais, campanhas e materiais educativos sobre clima e gênero, visando ampliar a sensibilização da população.
Para a secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Eutália Barbosa Rodrigues, a parceria coloca o Brasil em um caminho mais inclusivo: “Este acordo garante que mulheres e jovens brasileiras tenham voz nas decisões climáticas que afetam diretamente suas vidas e o futuro do planeta. É um passo essencial para uma agenda climática inclusiva e intergeracional. Queremos que mulheres jovens estejam preparadas para atuar de forma efetiva na pauta de gênero e clima.”
O papel das instituições na agenda climática
Com atuação na promoção da igualdade de gênero e direitos reprodutivos, o UNFPA apoiará a iniciativa com a cooperação da Secretaria Nacional da Juventude. Segundo Florbela Fernandes, representante da agência no Brasil, a crise climática também deve ser entendida sob a ótica dos direitos humanos:
“A crise climática impacta desproporcionalmente mulheres e meninas, especialmente as que vivem em situação de vulnerabilidade. Nosso papel é fortalecer capacidades, gerar conhecimento e abrir espaços seguros para que essas vozes sejam ouvidas nos debates globais”, destacou.
O acordo também dialoga com o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, apresentado recentemente pelo governo federal, que reúne compromissos estratégicos para ampliar a presença e o protagonismo feminino na COP30.