Depois de quase dez anos sem acontecer, a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres começa nesta segunda-feira (29), em Brasília. O encontro, que segue até 1º de outubro no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), deve reunir mais de 4 mil participantes para discutir democracia e caminhos para o enfrentamento das desigualdades.
A conferência retorna após ser interrompida em 2016, e volta em um momento de intensos debates sobre violência de gênero, participação política e políticas de cuidado. Organizada pelo Ministério das Mulheres e pelo CNDM (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher), a etapa nacional é resultado de uma mobilização que, desde abril, movimentou conferências em todo o país e envolveu cerca de 156 mil mulheres.
Com 3.831 representantes credenciadas e o lema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, os três dias de programação vão discutir desde o fortalecimento da presença feminina em espaços de poder até o combate à violência de gênero, passando por temas como autonomia econômica, políticas de cuidado, saúde e educação.
As propostas que saírem da plenária final vão orientar a elaboração de um novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que deve atualizar diretrizes e metas diante das demandas atuais.
A abertura oficial acontece nesta segunda-feira, às 10h, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, além de lideranças políticas e sociais. A programação também inclui painéis temáticos, feira de economia solidária, atividades culturais e a Tenda Mulheres e Clima, espaço dedicado às conexões entre gênero e justiça climática.