A Câmara dos Deputados aprovou de forma sorrateira, na noite de quarta-feira passada, urgência na votação do projeto de lei 1904/24, que coloca em risco a vida de milhares de brasileiras, especialmente meninas, principais vítimas da violência sexual no país. Cerca de 62% das gestações ainda são não intencionais no Brasil, muitas delas provenientes de estupros – número 12% mais alto do que a média mundial.

No centro de lutas políticas e de gênero, os cabelos femininos ocupam um lugar de grande poder simbólico. Adoradas, raspadas ou ridicularizadas, nossas madeixas também já foram monopólio dos homens. Uma história que atravessa religiões e culturas de várias épocas e até hoje nos fascina.

Não bastassem os estupros sem punição, altamente protegidos nas zonas de interesse masculino, em conflitos armados eles são armas de destruição em massa – e ainda humilham o inimigo, no caso as inimigas, já que 94% das vítimas de violência sexual na guerra são meninas e mulheres.

Distante da indústria da atenção, Denise Cardoso, aos 34 anos, mostra na prática como se faz extrativismo consciente, conectando cooperativas de agricultura familiar de todo país.

Mulheres e crianças são as principais vítimas da violência que hoje, mais uma vez, explode na faixa de Gaza, o filete de terra entre o mar Mediterrâneo, Egito e Israel controlado pelo grupo terrorista Hamas.

Ela saiu do Nordeste para trabalhar mas voltou. Foi cozinheira, governanta, e hoje é sócia de uma empresa que luta pela preservação dos babaçuais do Maranhão. Nelinha convenceu líderes com seu discurso visionário: “não se pode pensar em sustentabilidade sem antes falarmos em humanidade”

Ela foi refém de um grupo terrorista no Iraque – mas lutou contra o inimigo invencível e ganhou o prêmio Nobel da Paz, tornando-se embaixadora para a dignidade dos sobreviventes do tráfico humano da ONU