Beleza sempre foi sinônimo de branquitude, imagina no horário nobre da Globo. Mas há algo de novo no reino das telenovelas. Três produções, três nomes de destaque: Duda Santos, Gabz e Jéssica Ellen. O estereótipo da princesa loura afinal vem cedendo lugar para que outras belezas apareçam. Com protagonismo. Entregando o recado às mais de 60 milhões de mulheres negras do Brasil: vocês são dignas desse lugar.

Como as tecnologias da informação podem fortalecer ordens de privilégios ou exclusões sociais? Especialistas garantem que existe o “racismo algorítmico”: entenda como a hierarquia e o contexto em que as informações aparecem, em nossas buscas pela internet, reforçam preconceitos sociais e raciais.

A busca pelas origens é um direito – mas nem todo filho adotado nutre o desejo de procurar sua família biológica, nem todos os pais lidam bem com a possibilidade desse encontro. O resultado, muitas vezes, é a busca solitária e escondida. Entenda a garantia legal do adotado, sabendo respeitar sua decisão de buscar, ou não, sua origem biológica.

Apenas 3% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras são ocupados por mulheres negras. Para superar estatísticas como esta, há 11 anos foi criado o “Julho das Pretas”, iniciativa que movimenta uma agenda voltada para o fortalecimento da ação coletiva das mulheres negras em nosso país – mais de 60 milhões de pessoas que, no mercado de trabalho, somam maioria só nos setores de serviços e cuidados, sem direitos básicos como salário-mínimo e aposentadoria.

Não é a primeira vez que a adoção é apontada como solução para a manutenção da gestação, afastando-se a possibilidade de aborto, em caso de estupro. Violências não podem ser justificativa para novas violências. E violência sexual não deve ser vista como uma solução mágica para atender o desejo de postulantes à adoção, que aguardam pela chegada de filhos ainda bebês.

No mês em que se comemora o dia nacional da adoção, pesquisas recentes mostram que mais de 36 mil pessoas estão habilitadas para adotar, enquanto cerca de 4.500 crianças e adolescentes aguardam por uma família: então por que a conta ainda não fecha? Entenda os desafios do processo em nosso país.

Mães sentem medo de tudo. Filhos também. E no fim das contas, o grande apoio que cada um dos dois tem é justamente o equilíbrio do outro. No próximo domingo, celebre este vínculo extraordinário sem medo do amor e do apego.

O caso da filha da atriz Samara Felippo vem confirmar que a cor de pele, não importa onde, sempre chega antes. Mãe branca de um menino negro, nossa colunista também já viu o racismo atingir seu filho na sala de aula. Ela propõe que as escolas façam o seu dever de casa e entendam a gravidade deste tipo de discriminação: racismo é crime.

Onde estão as pessoas negras que você está vendo agora: no escritório, na loja, no restaurante? Estão servindo ou sendo servidas? Este exercício do olhar tem nome e função: o “teste do pescoço” pode nos ajudar a compreender as dimensões do racismo, e tomar iniciativas concretas, para a construção do mundo igualitário que defendemos nas redes sociais.

Neste 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, um apelo para erradicarmos atitudes que normalizamos, ou repetimos de forma inconsciente, mas podem ser práticas racistas.