Brasil fortalece presença feminina com a plataforma Women in Finance

Iniciativa do Ministério da Fazenda avança com metas e parcerias internacionais para ampliar o protagonismo de mulheres no setor financeiro

Divulgação/Ascom/MF
Ministério da Fazenda participa do Women in Finance em Nova York Foto: Divulgação/Ascom/MF

O Ministério da Fazenda deu um novo passo na consolidação da plataforma WIF (Women in Finance), criada em 2024 com o propósito de reposicionar a liderança feminina, a igualdade de gênero e a sustentabilidade no mercado financeiro global. A mais recente reunião, realizada em Nova York no fim de setembro, reuniu mais de 20 autoridades e marcou uma nova fase da iniciativa, agora com metas, coordenação e um plano de ação definidos.

Liderado pela subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do MF, Cristina Reis, a plataforma é resultado de uma articulação entre o governo brasileiro, organismos internacionais e representantes do setor privado. 

O encontro foi estruturado em torno do tema “Coalizões para Finanças Sustentáveis: Liderança Feminina no Centro das Reformas Globais” e contou com o apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que atuará como Secretaria Executiva da WIF. 

A definição da estrutura do projeto foi um dos pontos centrais do encontro. Um site oficial da plataforma será lançado em breve, com o objetivo de reunir informações, conectar lideranças e ampliar o alcance da iniciativa. 

Durante a reunião, também foi assinado um Memorando de Entendimento entre o Ministério da Fazenda e o PNUD Global, estabelecendo as bases da cooperação institucional e jurídica para dar sustentação à plataforma. O documento garante o suporte técnico, o alcance internacional e a mobilização de recursos necessários para a expansão da WIF.

A plataforma tem como meta ampliar a presença de mulheres em cargos estratégicos nos setores público e privado, como ministérios da Fazenda, bancos centrais, fundos de investimento e instituições financeiras. Ao mesmo tempo, busca atuar frente aos desafios estruturais desse setor, como as mudanças climáticas, a economia do cuidado e as desigualdades sociais.

Essas ações se desdobram em três frentes principais: formação e mentoria de lideranças femininas, presença qualificada de mulheres em espaços globais e regionais de decisão e construção de uma comunidade internacional conectada por campanhas e iniciativas práticas até 2030.

A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) já atua como parceira institucional, com uma consultora dedicada à organização de eventos estratégicos. A OSF (Open Society Foundation), por sua vez, se tornou a primeira patrocinadora oficial, com um investimento inicial de US$1,5 milhão para apoiar a expansão e o fortalecimento da plataforma.

Com novas reuniões previstas ainda para 2025, em Brasília e São Paulo, a plataforma é atualmente uma das principais iniciativas globais em favor da liderança feminina no setor financeiro.