Do que as estrelas são feitas? Se você pensou em hélio e hidrogênio, certa a resposta! E quem foi que descobriu isso?
Nascida na Inglaterra em 1900, Cecilia Payne-Gaposchkin tinha apenas 25 anos quando fez a descoberta que revolucionou a astronomia.
Mas, para isso, ela teve que superar diversos obstáculos. A começar pela formação acadêmica. Apesar de ter completado os estudos de física e química na Universidade de Cambridge no início dos anos 20, ela não conseguiu o diploma. Isso porque, na época, a instituição até deixava as mulheres frequentarem as aulas, mas não concedia a elas um título universitário oficial.
Buscando uma carreira na astronomia, Cecilia decidiu partir para os Estados Unidos, a “terra das oportunidades”. Foi assim que ela foi parar no Observatório de Harvard, onde usou seu conhecimento de física quântica pra determinar a composição das estrelas em sua tese de doutorado, publicada em 1925.
Mas, ao invés de ser aplaudida, virou motivo de chacota. A ponto de um astrônomo famoso da época, Henry Norris Russell, sugerir que ela retirasse essa ideia, “claramente impossível”, de sua tese.
Quatro anos depois, ele acabou tendo que admitir que ela estava certa. E a tese de Cecilia chegou a ser chamada de “a mais brilhante já escrita na astronomia”. Mesmo assim, ela só conseguiu um cargo de professora na universidade em 1956, mais de 30 anos depois da descoberta que mudou a forma como olhamos o universo.
Isso graças à misoginia do então presidente de Harvard, que jurou que, enquanto ele estivesse vivo, jamais deixaria Cecilia ocupar uma cátedra na universidade. Claro que o salário dela era menor que o dos homens, assim como o de muitas mulheres ainda hoje.
E, embora ela tenha feito história em sua área, aposto que muita gente que só ouviu o nome dela pela primeira vez neste vídeo aqui. Já nomes como Galileu, Kepler, Newton e Hubble não são estranhos pra ninguém, né? Nem mesmo para o ChatGPT, que tinha eles na ponta da língua quando perguntei quem fez as maiores descobertas na área. Mas precisou de um puxão de orelha pra conseguir citar nomes femininos.
**Com informações da Deutsche Welle