Entre o ‘Melhor da Tarde’ e a moda autoral, Pâmela Lucciola vive nova fase

Jornalista baiana administra o ritmo da televisão e iniciativas no universo da moda

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Televisão e criação caminham juntas na nova etapa profissional de Pâmela Lucciola Foto: Divulgação

Pâmela Lucciola sempre enxergou a comunicação como um espaço de encontro. Jornalista há 20 anos, hoje integra o elenco de apresentadores do programa “Melhor da Tarde”, da Band. Mas é fora dos estúdios, na moda, que a baiana revela sua expressão mais pessoal.

Natural de Salvador, construiu a base da carreira na TV Educativa Bahia, afiliada à TV Brasil, onde permaneceu por sete anos. Ali passou de repórter a apresentadora e comandou programas educacionais, revistas eletrônicas, além de cobrir o Carnaval e mediar debates.

Com o sotaque forte e firme, ela chamava atenção não apenas pelo conteúdo, mas também pelo estilo despojado. “Acredito que o jeito de se vestir diz muito sobre quem somos. Na TVE Bahia, usava minhas próprias roupas para trabalhar, o que acabou criando ainda mais afinidade com o público”, lembra.

Mas a virada profissional veio com a Band Bahia, ao assumir o “Band Mulher”. O convite exigiu coragem para deixar o conforto de uma emissora pública, mas deu a ela a dimensão do alcance da profissão. “Tive resistência no início, porque vinha de um canal que me deu uma base cultural muito forte, sem pressão de audiência. Mas mudar é preciso”, afirma.

Na nova fase, a jornalista desenvolveu pautas relevantes e promoveu conversas diretas com especialistas e outras mulheres. “Mesmo que seja difícil, existem assuntos que precisam ser tratados entre nós, porque só assim conseguimos nos proteger”, diz.

O bom desempenho a levou a novos convites. Durante as férias de Cátia Fonseca, Pâmela assumiu o “Melhor da Tarde”, em São Paulo, e viveu sua primeira experiência diária em rede nacional. “Foi um mês de felicidade misturado com frio na barriga”, conta.

Pouco depois, estreou em horário nobre ao lado de Otaviano Costa no “Melhor da Noite”. O convite veio após participações anteriores, quando substituiu Glenda Kozlowski em algumas edições: “Foi a primeira vez que deixei Salvador sem data para voltar”.

Mas, após uma reformulação na grade de conteúdo da Band, Pâmela deixou um programa para assumir outro. No novo arranjo, ela passou a integrar o elenco fixo do “Melhor da Tarde” e a substituir Cátia Fonseca, que deixou a emissora em junho deste ano.

“Uma apresentadora de nome forte e muito querida pela audiência, sem dúvidas, o maior desafio da minha carreira até hoje, mas sigo confiante e entregando o que tenho de melhor”, declara.

Entusiasta da moda

Fora das câmeras, é na moda que Pâmela revela sua expressão mais pessoal. Neste ano, ela lançou sua segunda collab com a Boah, marca baiana dedicada à criação autoral. A parceria reforça sua ligação com Salvador, cidade que admira, e traduz, no vestir, a força de suas raízes nordestinas. “Quero compartilhar com o Brasil todo o meu amor pela cultura da minha terra”, afirma.

A coleção reúne sete modelos, entre vestidos, calças e blusas, itens que nunca faltam em seu guarda-roupa. Apesar da rotina intensa de gravações em São Paulo, Pâmela aproveitou o pouco tempo livre para participar de vídeochamadas e fazer visitas à produção.

A jornalista acompanhou cada etapa, da escolha dos tecidos à confecção das peças. “O mais bacana foi incentivar a fabricação de tamanhos maiores, como o GG, que ainda não faziam parte do catálogo da marca”, detalha.

Reconhecida na região pelo seu estilo e criatividade, Pâmela também experimentou ter sua própria marca. Em 2018, ela lançou a Ermana no mercado. Criada em 2018, em parceria com a sua irmã e atriz Camila Lucciola, a marca produzia biquínis e maiôs, refletindo as ideias e gostos das duas. O projeto foi encerrado dois anos depois, devido à rotina intensa de gravações.

Mas o entusiasmo pela moda autoral segue firme em Pâmela, que planeja novos projetos, explorando criações e coleções que unem estilo e referências culturais. “Admiro o trabalho de muitas empreendedoras. Por isso flerto bastante com a ideia de criar peças que expressem o que acredito”, concluí.