O perfil predominante dos profissionais que ocupam à liderança no setor de Recursos Humanos é o de uma mulher, com pós graduação em Administração e longa trajetória na área. É o que revela o estudo ”O perfil do CHRO brasileiro 2025”, produzido pelo executivo Marcelo Nóbrega, ao mapear o perfil do Linkedin dos Diretores de RH das 500 maiores empresas do país.
Tradicionalmente exercido por mulheres, atualmente elas ocupam 59% dos cargos de alta liderança, porcentagem que não apresentou mudanças significativas nas últimas décadas. Com ciclos de carreira e tempos médios similares para chegar a essas posições, a principal diferença entre os dois grupos está na maior prevalência dos homens em cursos de áreas de tecnologia, como engenharia (22%) e ciências da computação (5%).
Segundo a amostra, os cursos que mais formam esses profissionais são administração – 45% dos homens e 29% das mulheres -, e psicologia, principal formação feminina, representando 34%. Cerca de 50% também fizeram alguma especialização para ampliar conhecimentos de negócios, finanças ou estratégia. Além disso, 87% possui uma pós -graduação, e 56%, a segunda.
A maioria das contratações advém dos considerados “Nativos de RH”, profissionais que traçaram a maior parte da carreira na área, representados por 70% dos líderes. Dentro dos 30% da amostra que não se encaixam nesse grupo, os principais setores de atuação anteriores são o comercial (30%) e o de operações (13%).
O tempo médio de carreira dos funcionários é de 27 anos, sendo 8,8 deles na empresa atual e 17,2 anos até a conquista do cargo. De acordo com a pesquisa, trabalhar sempre na mesma organização pode adiar em um ano a chegada de um profissional de liderança. Cerca de 65% dos CHROs em atividade foram contratados externamente, e 75% das contratações de mercado realizadas nos últimos três anos foram de mulheres.
Quando analisados o tempo médio de carreira e o período necessário para alcançar o cargo de liderança, a variação entre homens e mulheres é pequena. Entre os homens, a carreira dura cerca de 27,8, com 17,2 anos até alcançar o cargo. Já entre as mulheres, o tempo médio de carreira é de 25,4 anos, com 16,6 anos até chegar à liderança.