06/09/2024 - 18:00
A cena do rap feminino vem se destacando com muita força no Brasil, desde que mulheres como AJuliaCosta, Ebony, Tasha & Tracie e Bivolt começaram a conquistar plateias cada vez mais numerosas. Entre as vozes dessa novíssima geração, nasce uma estrela baiana, Jeysa Ribeiro, de 24 anos, que aos 15 adotou o nome artístico de Duquesa. A referência à mãe, sempre altiva e elegante mesmo numa família humilde, deu sorte.
Nas plataformas digitais ela já acumula mais de 44 milhões de plays e um milhão e meio de ouvintes. Foi indicada na categoria “Viewer’s choice: Best New International Act” (Escolha do público: Melhor Novo Artista Internacional) na BET Awards 2024 — uma das maiores premiações do mundo —, criada pela Black Entertainment Television, que prestigia artistas afro-americanos da música, cinema, esporte e outras áreas do mercado de entretenimento. O prêmio já condecorou nomes como Queen Latifah, Erykah Badu e Beyoncé.
Duquesa faz parte da nova geração feminina de rappers nacionais, mulheres que fazem questão de levantar e inspirar outras artistas. No rap isso acaba sendo dito de forma mais explícita, com conselhos sinceros e bem posicionados sobre relacionamento, sexo e a liberdade de ostentar o sucesso de seu próprio trabalho.
Nascida no estado da Bahia, em 1 de maio de 2000, Jeysa começou sua carreira artística em 2015 ao lado do grupo feirense ‘Sincronia Primordial’. Veio de uma família onde a mãe sempre a incentivou a gerenciar bem o dinheiro e batalhar pelo sucesso.
Desde os 15 anos começou a apresentar trabalhos excepcionais. que transitam entre o R&B e o Trap, ritmos que no Brasil são bem representados com nomes de peso como Liniker, IZA, Budah, Slipmami e Melly, entre outros. Duq dá voz às mulheres do eixo norte/nordeste do país, que muitas vezes passam despercebidas pela mídia.
Dona de hits como “99 Problemas” e “Atlanta”, lançou em maio deste ano o já aclamado “Taurus Vol. 2”, álbum que conta com parcerias com Baco Exu do Blues, Urias e Tasha e Tracie, grandes nomes da cena atual do rap e pop.
Duquesa trouxe para o novo disco elementos do house, vertente da música eletrônica que recentemente vem sendo muito explorada no Brasil: “O house originalmente é da cultura preta. Mas aqui no Brasil é muito nichado, estamos em um cenário muito elitizado. Temos poucas pessoas pretas fazendo house, tocando e escutando eletrônica. Eu queria dar destaque ao ritmo”.
Contemplada no line-up no Rock in Rio que acontece semana que vem, ela se apresenta no dia 14 de setembro, no Palco Supernova, em um sábado recheado de talentos internacionais como Zara Larsson, Imagine Dragons e One Republic.
Para conhecer um pouco mais da artista, a faixa “Voo 1360” é uma boa pedida: com um house eletrizante ela reflete sobre o que já conquistou e vem conquistando com o fruto do seu trabalho, e como a confiança nela mesma faz essa trajetória acontecer.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da IstoÉ