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Mackenzie Scott, uma das mulheres mais ricas do mundo, também se tornou uma importante filantropa dos Estados Unidos. Com um patrimônio estimado em cerca de US$30 bilhões, a empresária já doou mais de US$26 bilhões, o equivalente a aproximadamente R$140 bilhões, a organizações sociais desde 2019. Com isso, ela se tornou a terceira maior doadora do país em valores absolutos, ficando atrás apenas de Warren Buffett e Bill Gates.
Na última semana, Mackenzie anunciou seu novo ciclo anual de doações com US$7,2 bilhões (R$38,88 bilhões), destinados a cerca de 200 organizações. Trata-se do maior valor já distribuído por ela em um único ano desde que passou a tornar públicas suas iniciativas.
Diferentemente do modelo tradicional adotado por grandes bilionários, suas doações costumam ser diretas, sem restrições de uso e destinadas a organizações que atuam na base social, muitas delas lideradas por mulheres, pessoas negras, indígenas e comunidades historicamente excluídas.
Educação, clima e justiça social no centro
Em textos publicados em seu site, o Yield Giving, ela costuma destacar que os valores doados representam apenas uma pequena fração das necessidades reais enfrentadas pelas comunidades atendidas. “É fácil focar nos métodos de participação cívica que viram notícia e difícil imaginar a importância das coisas que fazemos todos os dias com nossa própria mente e coração”, escreveu em texto mais recente.
Embora seja conhecida por apoiar novas iniciativas, grande parte das instituições contempladas em 2025 já haviam recebido recursos anteriormente. As doações mais recentes tiveram como foco a educação superior, com destaque para universidades historicamente negras, programas de apoio a estudantes indígenas e iniciativas voltadas a populações sub atendidas.
A agenda climática também ocupa lugar central, com aportes destinados a organizações como o Global Methane Hub e fundações voltadas à preservação ambiental e ao combate às mudanças climáticas, como a ClimateWorks Foundation e a Forests, People, Climate.
De onde venho sua fortuna
Após o divórcio de Jeff Bezos, em 2019, Mackenzie recebeu cerca de 400 milhões de ações da Amazon, tornando-se uma das mulheres mais ricas do mundo. Desde então, Scott já se desfez de mais de 75% desse aporte.
Enquanto Bezos, hoje com um patrimônio superior a US$240 bilhões, doou menos de um quinto do fornecido por ela, que já abriu mão de cerca de 46% de sua riqueza total, percentual que a coloca atrás apenas de George Soros entre os maiores filantropos dos Estados Unidos.
Scott não mantém uma fundação privada tradicional, ao invés disso, utiliza fundos aconselhados por doadores (DAFs), um modelo que permite maior flexibilidade, menos exigências de divulgação pública e vantagens fiscais.