O empreendedorismo no Brasil têm cada vez mais mulheres no comando. O levantamento “Rota do E-commerce”, da Loggi, em parceria com a Opinion Box, mostra que a maioria dos empreendimentos do país, representando 51% dos negócios em atividade, são femininos. Realizada entre abril e maio de 2025, a pesquisa revela o aumento de seu protagonismo no setor e o perfil das entrevistadas.
A principal força por trás dessa decisão é o desejo de autonomia financeira, apontado por 39% delas. Outras 27% veem no próprio negócio a chance de realizar um sonho, enquanto 24% enxergaram uma oportunidade concreta de mercado. Apenas 9% começaram a empreender como complemento de renda.
Nem todas, porém, vivem exclusivamente de suas empresas: 36% ainda mantêm outra fonte de sustento. O levantamento também revela a diversidade de regimes nos quais elas trabalham: 31% são empresárias, 58% trabalham vinculadas a CLT e 27% atuam como prestadoras de serviços via pessoa jurídica.
Quanto à escolaridade, 61% concluíram o ensino superior ou uma pós-graduação, demonstrando um maior nível de qualificação, e a maioria tem mais de 40 anos. Nesse sentido, cerca de 45% dos empreendedores estão no mercado há mais de cinco anos.
Entre as pequenas e médias empresas, 40% faturam entre R$10 mil e R$50 mil por mês, e 9% ultrapassam os R$100 mil. O alcance dos negócios também é cada vez mais amplo. Quase metade (42%) das empreendedoras vende para todo o país, 33% atuam de forma local, 18% se concentram em regiões específicas e 6% entendem o mercado internacional também.
A capacitação desses profissionais se dá principalmente através das redes sociais, sendo o Instagram (60%), YouTube (50%) e Facebook (36%), seguidos por podcasts (24%) e televisão (21%) as principais fontes de informação. Além disso, 34% recorrem a influenciadores especializados para aprimorar a gestão dos negócios.
A pesquisa também mapeou a distribuição regional dos empreendedores: no Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro concentram 21% cada, seguidos por Minas Gerais (15%). O Nordeste soma 18%, o Centro-Oeste 12%, e as regiões Sul e Norte 9% cada.