Médicos são verdadeiros heróis, dedicados a aliviar o sofrimento e a salvar vidas. Eles passam horas incontáveis nos hospitais, enfrentam pressões constantes e, muitas vezes, são obrigados a trabalhar em condições que estão longe do ideal.
Como vice-presidente da Apsen, indústria farmacêutica, tenho a oportunidade de estar em contato direto com médicos de todas as especialidades e testemunhado os desafios e lutas que esses profissionais enfrentam diariamente.
Não raro, eu me deparo com médicos cansados, sobrecarregados e emocionalmente esgotados. A jornada desses profissionais é repleta de obstáculos. Eles carregam o peso de diagnósticos difíceis, tomam decisões que podem mudar destinos e, muitas vezes, precisam comunicar notícias devastadoras aos pacientes e famílias.
Tudo isso, enquanto enfrentam uma carga de trabalho que é nada menos que esmagadora. No entanto, constantemente, nos esquecemos de que esses profissionais são humanos, sujeitos a sentimentos de estresse, ansiedade e até mesmo depressão. É fundamental que reconheçamos que o fardo emocional da profissão médica pode ser avassalador, e devemos estender a mão para ajudá-los.
Neste Dia do Médico, 18 de outubro, quero enfatizar a importância de cuidarmos de quem cuida. Devemos apoiar esses profissionais, não apenas com agradecimento e reconhecimento, mas também com ações concretas.
No próximo mês de novembro lanço meu terceiro livro, “Admirável Mundo Louco” no qual trato sobre a sobrecarga mental que tem assolado boa parte da população mundial. Na obra dediquei um capítulo especial para abordar a questão dos profissionais da saúde, e a necessidade de criarmos mecanismos para inseri-los em uma rede específica de cuidado e de proteção contra os males dos transtornos mentais.
Essas ações incluem:
Recursos de saúde mental:
As instituições médicas e as organizações públicas de saúde devem oferecer recursos de saúde mental acessíveis e confidenciais. Os médicos devem saber que podem buscar ajuda sem medo do estigma.
Treinamento de resiliência:
É crucial oferecer treinamento em resiliência e gerenciamento de estresse para equipar os médicos com as ferramentas necessárias para lidarem com as demandas emocionais do trabalho.
Criação de um ambiente de apoio:
Devemos promover ambientes de trabalho saudáveis e solidários, onde os médicos possam encontrar apoio emocional, fazer pausas regulares e manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
Cultura de Empatia:
Líderes em organizações de saúde devem demonstrar empatia e compreensão em relação às necessidades dos médicos, consolidando uma cultura que também possa valorizar seu bem-estar emocional.
Nesta data em que celebramos o Dia do Médico, lembremos que esses profissionais são o coração do nosso sistema de saúde. E, se quisermos continuar a receber cuidados de qualidade, devemos cuidar de quem cuida de cada um nós.
Vamos mostrar nossa gratidão não apenas com palavras, mas com ações que demonstrem nosso compromisso em cuidar dos médicos que tanto fazem por toda a sociedade.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
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