Novo talento da ginástica artística, Júlia Soares compete hoje pelo Brasil

Novo talento da ginástica artística, Júlia Soares compete hoje pelo Brasil

Ao som de Raça Negra, Júlia das Neves Botega Soares já encantou a plateia das Olimpíadas com suas manobras cheias de gingado nos tatames de Paris. A curitibana de apenas 18 anos deixa o público sem ar com seus giros e flic flacs em cima da barra. A FIG, a Federação Internacional de Ginástica, já batizou de “Movimento Soares” a sua entrada em vela seguida de pirueta com o já famoso, a já famosa manobra que a atleta criou, quando tinha apenas 15 anos.

Júlia entrou no mundo da ginástica artística estimulada pela sua irmã mais velha, que chegou a praticar o esporte. Iryna Ilyashenko, atual técnica da seleção brasileira feminina de ginástica, foi quem descobriu o seu talento e a moldou para as grandes competições que estariam por vir em sua carreira precoce.

A atleta foi campeã sul-americana junior na trave em 2018, na etapa de Baku da Copa do Mundo ela levou ouro, e em 2023 conquistou a medalha de prata em equipe no campeonato mundial e também nos jogos Pan-Americanos.

Na terça-feira da semana passada, Júlia conquistou sua primeira medalha de bronze em equipe nos Jogos Olímpicos de Paris, junto de Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade. A disputa na Arena Bercy foi de deixar o coração do brasileiro mais acelerado que as corridas das meninas em solo.

Houve um susto no começo da competição, com o aquecimento de Flávia Saraiva, que acabou caindo, o que não a impediu de seguir com suas apresentações. Cravou 13.666 em sua série, após Lorrane Oliveira receber 13.000. Rebeca encerrou sua rotação com a nota 14.533.
Já nas traves o Brasil acabou tendo dificuldades: Júlia sofreu uma queda e levou 12.400, Flávia também se desequilibrou e alcançou 13.433. Chamando a atenção de sua rival Simone Biles, Rebeca Andrade terminou com 14.133.

No solo, lindas apresentações repletas de ritmo e muita postura. Júlia levou 13.233 com seu gingado e charme ao som de Raça Negra e ritmos da música francesa. Flavinha recebeu um 13.533 com um Cancã, e ao som de Anitta, Rebeca ganhou um 14.200.
A disputa pela prata ou bronze estava entre Brasil, Itália e Grã-Bretanha. Mas foi no último solo, quando Rebeca cravou um 15.100 como nota final, executando um perfeito Cheng, que levou às ginastas do sexto lugar ao terceiro lugar do pódio.

 

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da IstoÉ