Vamos tomar um café? Você já deve ter ouvido essa frase hoje, quem sabe mais de uma vez ao longo do dia. Como bem diz a crença de uma das maiores empresas especializada em cafés e chás do mundo, a JACOBS DOUWE EGBERTS (JDE), “é incrível o que acontece ao redor de uma xícara de café” – principalmente no Brasil, em que a bebida é indiscutível preferência nacional. Tomar um café pode ser a melhor ocasião para se iniciar uma conversa entre colegas de trabalho, amigos que há muito não se encontram, familiares que se veem a toda hora ou desconhecidos que acabaram de dar um match em um aplicativo de relacionamento. O café abre o dia do brasileiro, como observa a espanhola Susana Hernandez, diretora de marketing da JDE Brasil:

– Os espanhóis chamam de desayuno e os americanos de breakfast, mas no Brasil já vamos, literalmente, ao ponto: a primeira refeição do dia se chama mesmo “café da manhã”.

Susana é uma das executivas na liderança dessa empresa que nasceu na Holanda há mais de 275 anos, e hoje está presente em mais de 100 países. O Brasil é um deles. De acordo com uma pesquisa realizada pela JDE, aqui o café é a segunda bebida mais consumida – ficando atrás apenas da “água”, e se consolidou como matéria de memória há muitas gerações. Como as madeleines de Proust, que levaram o escritor francês em busca do tempo perdido, o café é capaz de despertar lembranças de infância nos brasileiros:

– E o cheirinho de café aos domingos, na casa dos avós? – lembra Tina Cação, diretora de vendas da empresa. – Quando menina, queria crescer logo para experimentar o café junto com os adultos. Para nós o café tem um aroma emocional, não é?

Como exemplo de commodity, o café também dispara no mercado brasileiro, maior produtor e exportador global do produto. O brasileiro é um dos maiores consumidores de café do mundo, tanto em volume, como em variedade, incluindo café torrado e moído, solúvel, em cápsulas, entre outros.

À frente da produção da JDE, Marisa Penteado é diretora de operações da empresa, responsável pelo gerenciamento de toda a cadeia de suprimentos e pela integração dessa logística com as necessidades estratégicas do negócio.

Marisa coordena a produção das cinco fábricas do grupo no Brasil (nos estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Sergipe), precisando ajustar todas as etapas da produção – do recebimento da matéria-prima até a torrefação, moagem, embalagem e distribuição – a partir dos dados que recebe do mercado, das equipes de marketing e vendas:

– O mais importante é manter uma visão abrangente – ela explica – estar conectada ao negócio e a todos que estão envolvidos nessa cadeia, dos funcionários das fábricas às comunidades em torno delas, dos fornecedores aos consumidores.

Marisa acredita que a liderança feminina seja capaz de estabelecer conexões fortes nos mais variados segmentos da empresa. Garantir que a equidade esteja presente em todas as áreas e cargos da companhia, aliás, tem sido uma das metas mais importantes da JDE.

Em 2022, a empresa assinou o compromisso com os Princípios de Empoderamento Feminino da ONU, que têm como finalidade ajudar as empresas a avaliarem suas práticas, projetos e políticas relacionadas à equidade de gênero. Desde então, a companhia alcançou a marca de 32% de mulheres nas áreas de Operações (ultrapassando 3 pontos percentuais do índice de representatividade indicado pela ONU).

– Estamos comprometidos com a inclusão e a diversidade – garante Tina Cação, escolhida como Embaixadora do grupo de afinidade para equidade de gênero na JDE Brasil. – Quando entrei na empresa, há 11 anos, o número de homens era muito maior do que o de mulheres nos cargos de liderança, uma realidade que mudou completamente hoje em dia. Desde 2021, temos equilíbrio de gênero nas posições de liderança sênior da empresa.

Ao longo dos últimos dez anos, Tina também se orgulha de ter acompanhado o que chama de “jornada de criação de valor do café” – como a JDE chama a premiunização do produto, com a diversificação de categorias no mercado cafeeiro:

– Quando lançamos L’OR, marca francesa premium, aqui no Brasil, muitos duvidaram do sucesso dessa iniciativa… E, com o tempo, a marca se estabeleceu como uma referência no país, dentro de uma tendência que só tende a crescer.

Com um portifólio de mais de 50 marcas em todo mundo, no Brasil a JDE se mantém como uma das líderes do mercado com marcas já consagradas no país – como L’OR, Pilão, Café do Ponto, Damasco, Caboclo, Damasco, além da sua mais recente aquisição, os cafés e chás Maratá. Há anos, café Pilão vem sendo reconhecido como o favorito dos cariocas. Ano passado, a marca Pilão conquistou o prêmio Marcas Cariocas pelo sexto ano consecutivo, e foi o café mais lembrado pelos paulistanos.

As executivas acreditam que a premiunização do mercado de cafés continuará sendo uma tendência significativa nos próximos anos, ao impulsionar a diversificação de categorias – mostrando como as preferências dos consumidores estão sendo aprimoradas para além do cafezinho tradicional.

Movimentos como este nos fazem apreciar e apoiar as mudanças que estão sendo fomentadas por estas mulheres incríveis na indústria, que estão transformando não apenas o sabor da nossa bebida preferida, mas a própria estrutura de um dos mercados mais tradicionais e influentes do mundo.

A equidade de gênero nas empresas, assim como a premiunização do mercado do café, se destaca como uma realidade cada vez mais presente no Brasil e no mundo. Este é mais um passo em direção a um amanhã mais inclusivo e diverso, em que o futuro do café no Brasil, impulsionado pela liderança feminina, promete ser tão rico e robusto quanto a própria bebida.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.