A nomeação de Angélica Laureano como diretora-executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras marca mais do que uma mudança de comando em uma das áreas estratégicas da companhia. Pela primeira vez em sua história, a estatal passa a ter maioria feminina na composição da diretoria-executiva: agora são cinco mulheres e quatro homens ocupando os cargos de liderança.
A confirmação da eleição foi enviada nesta sexta-feira, 11, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após aprovação do conselho de administração da empresa. O mandato de Angélica vai até abril de 2027, mesmo período dos demais membros da diretoria.
Com 45 anos de carreira, sendo 37 deles na Petrobras, Angélica Laureano construiu uma trajetória sólida em áreas como abastecimento, gás e energia. Ela também presidiu a Gaspetro, subsidiária da estatal em parceria com a Mitsui, e, após se aposentar da empresa, atuou como consultora em projetos voltados ao setor de gás natural. Atualmente, está à frente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A.
A entrada de Laureano na diretoria executiva simboliza um avanço em termos de representatividade feminina em setores historicamente dominados por homens, como o de petróleo e energia. A Petrobras, uma das maiores empresas da América Latina, dá assim um passo importante rumo à equidade de gênero em seus quadros decisórios — um movimento que tem sido cobrado por investidores, pela sociedade civil e por órgãos internacionais de governança.