Toda vez que eu conto as histórias da minha história – faço questão de pontuar os empreendimentos que vieram à falência. Mais importante do que a quantidade de vezes que você fez sucesso aos olhos dos demais, é a quantidade de vezes que precisou recalcular a rota e se levantar, e ninguém viu.
Na ciência, antes de se concluir qualquer teoria, existe o processo do experimento – e na maioria dos casos leva-se anos para se conseguir de fato concluir e afirmar aquela teoria com toda comprovação.

Quando eu ainda era adolescente, resolvi montar uma empresa de venda de t-shirts. Eu comprava as camisetas que eram fabricadas em Fortaleza, aprovava as estampas e revendia os produtos em São Paulo, através de uma marca que eu desenvolvi: Poppin Store.

Na época era uma febre a venda de t-shirts e eu, com muita vontade de empreender, resolvi me jogar. Me lembro de ter investido 5 mil reais em produtos e um pouco de marketing. Convidei algumas amigas para fotografar para a marca, fiz uma produção criativa com bexigas e muitas cores, como se fosse uma invasão Poppin na Av Paulista – e comecei a divulgar a empresa.

Foram poucas vendas no início, e eu continuei firme. Sabia que precisava de um tempo para virar e foi assim durante pouco mais de um ano. Nada do meu investimento retornar. Foi aí que eu percebi que os custos eram sempre maiores que os lucros e a empresa não estava tendo saúde financeira. Era hora de parar e recalcular a rota. Eu era muito nova e não sabia como o mercado funcionava.

Essa foi a minha primeira “falência”, no sentido de investir e não dar certo. E não foi a última vez. Mais para frente teve outra marca de roupas, eu investi em uma proposta mais inovadora e focada em moda internacional, mas não teve uma grande aderência e mercado. Com essa experiência eu definitivamente não insisti mais no mercado da moda e comecei a focar em venda de serviços. Foi uma experiência que eu poderia julgar negativa, mas na realidade eu só estava tentando entender onde me encaixar, e para onde não ir, e foi exatamente isso que eu consegui. Resolvi focar em entretenimento, eventos, economia criativa, tecnologia, educação e alimentos e bebidas.

Eu já era sócia de dois restaurantes em 2020 e os meus sócios me apresentaram o projeto de uma cantina franco-italiana. O Bari Cucina ainda era um projeto muito embrionário e, assim como o Paros, o restaurante grego do qual sou sócia, me envolvi desde o ínicio – da concepção da ideia, até a finalização da obra e a inauguração do restaurante. O Bari ficava localizado ao lado do Paros, era parede com parede, o que facilitava muito para os sócios tocarem ambas as operações.

Como o nosso primeiro restaurante já estava estabilizado, nós achávamos que era o momento de focar em uma nova operação, mas o resultado não foi como o esperado. Infelizmente a operação era complexa e os produtos muito caros, isso foi desestabilizando os DRE ‘s, ou seja, a saúde financeira da empresa, e após um ano abertos, nós tivemos que encerrar as operações.

Era um ambiente extremamente agradável, a gastronomia refinada e impecável, e a equipe estava completamente alinhada. O fato de termos aberto no final da pandemia também não facilitou muito. Não sobrevivemos, mas aprendemos com essa situação.

Foi uma falência mas não uma desistência. Depois de dois anos, nós ainda mantínhamos o plano de ter um outro restaurante próximo. Foi aí que nasceu o Caraíva, um bar a 200 metros de distância do nosso primeiro restaurante, e com gastronomia baiana.

Hoje o Paros completa quatro anos e o Caraiva um ano, desde a sua abertura. Os dois estão estabilizados e em crescimento. Nós conseguimos cumprir o plano inicial, mesmo com um fracasso no meio de dois sucessos. E assim é a vida. A única coisa que você não pode, é parar. Se der errado, você aprendeu e se der certo, você evoluiu.

 

Fracassos levam a vitórias

Toda vez que eu conto a história da minha trajetória, eu faço questão de pontuar os empreendimentos que vieram à falência. Mais importante do que a quantidade de vezes que você fez sucesso aos olhos dos demais, é a quantidade de vezes que você teve que recalcular a rota e se levantar, e ninguém viu. O caminho do fracasso não é um caminho que as pessoas querem conhecer, mas a partir do momento em que você o conhece, talvez entenda por onde não ir. Errar algumas vezes, e continuar tentando, é o que faz as pessoas conseguirem. Na ciência, antes de se concluir qualquer teoria, existe o processo do experimento. E que, na maioria dos casos, leva-se anos para conseguir de fato concluir e afirmar aquela teoria. Ao longo da vida, nós teremos muitas experiências, e sendo negativas ou positivas, ainda serão experiências.
Quando eu ainda era adolescente, resolvi montar uma empresa de venda de t-shirts. Eu comprava as camisetas que eram fabricadas em Fortaleza, aprovava as estampas e revendia os produtos em São Paulo, através de uma marca que eu desenvolvi: Poppin Store. Na época era uma febre a venda de t-shirts e eu com muita vontade de empreender, resolvi me jogar. Me lembro de ter investido 5 mil reais em produtos, e um pouco de marketing. Convidei algumas amigas para fotografar para a marca, fiz uma produção criativa com bexigas e muitas cores, como se fosse uma invasão Poppin na Av Paulista, e comecei a divulgar a empresa. Foram poucas vendas no início, e eu continuei firme. Sabia que precisava de um tempo para virar e foi assim durante pouco mais de um ano. Nada do meu investimento retornar. Foi aí que eu percebi que os custos sobressaiam os lucros e a empresa não estava tendo saúde financeira. Era hora de parar e recalcular a rota. Eu era muito nova e não sabia como o mercado funcionava. Essa foi a minha primeira “falência”, no sentido de investir e não dar certo. E não foi a última vez. Mais para frente teve outra marca de roupas, eu investi em uma proposta mais inovadora e focada em moda internacional, mas não teve uma grande aderência e mercado. Com essa experiência eu definitivamente não insisti mais no mercado da moda e comecei a focar em venda de serviços. Foi uma experiência que eu poderia julgar negativa, mas na realidade eu só estava tentando entender onde me encaixar, e para onde não ir, e foi exatamente isso que eu consegui. Resolvi focar em entretenimento, eventos, economia criativa, tecnologia, educação e alimentos e bebidas.
Eu já era sócia de dois restaurantes em 2020 e os meus sócios me apresentaram o projeto de uma cantina franco italiana. O Bari Cucina ainda era um projeto muito embrionário, e assim como o Paros, o restaurante grego que eu sou sócia, eu me envolvi desde o ínicio. Desde a concepção da ideia, até a finalização da obra e a inauguração do restaurante. O Bari ficava localizado ao lado do Paros, era parede com parede, o que facilitava muito para os sócios tocarem ambas as operações. Como o nosso primeiro restaurante já estava estabilizado, nós achávamos que era o momento de focar em uma nova operação, mas o resultado não foi como o esperado. Infelizmente a operação era complexa e os produtos muito caros, isso foi desestabilizando os DRE ‘s, ou seja, a saúde financeira da empresa, e após um ano abertos, nós tivemos que encerrar as operações. Era um ambiente extremamente agradável, a gastronomia refinada e impecável e a equipe estava completamente alinhada. O fato de termos aberto no final da pandemia também não facilitou muito. Não sobrevivemos, mas aprendemos com essa situação. Foi uma falência mas não uma desistência. Depois de dois anos, nós ainda mantinhamos o plano de ter um outro restaurante próximo. Foi aí que nasceu o Caraiva, um bar a 200m de distância do nosso primeiro restaurante, e com gastronomia baiana. Hoje o Paros completa 4 anos e o Caraiva 1 ano desde a sua abertura. Os dois estão estabilizados e em crescimento. Nós conseguimos cumprir o plano inicial, mesmo com um fracasso no meio de dois sucessos. E assim é a vida. A única coisa que você não pode, é parar. Se der errado, você aprendeu e se der certo, você evoluiu.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.