Renata Brás amplia fronteiras entre humor, drama e criação autoral

Atriz reflete sobre trajetória marcada por reinvenção, do balé à TV, e prepara novo projeto dramático

Renata Brás amplia fronteiras entre humor, drama e criação autoral

Conhecida do grande público por papéis cômicos em A Praça É Nossa, Carrossel e Carinha de Anjo, e por participações em séries e filmes como Brasil a Bordo, De Perto Ninguém é Normal e Uma Advogada Brilhante, Renata Brás construiu uma carreira que atravessa dança, teatro musical, televisão e cinema. Premiada no palco e popular na TV, ela combina formação técnica e humor espontâneo, e vem se voltando a projetos autorais e papéis dramáticos que ampliam sua presença artística.

Renata começou na televisão ainda adolescente, como bailarina nos programas de Silvio Santos e Gugu Liberato. A experiência nos bastidores da TV, diz ela, foi uma escola de disciplina e foco que moldou sua postura profissional. “Eu aprendi muito vendo o Gugu e o Silvio trabalharem. O Gugu era concentrado no que dava certo e o Silvio chegava sozinho, cumprimentava todo mundo. Essa simplicidade me ensinou muito sobre respeito e humildade”, diz a artista em entrevista ao IstoÉ Mulher +Fructus Entrevista. Anos depois, trocou a dança pelo teatro musical, estreando em Splish Splash, de Wolf Maya, e consolidando o humor como linguagem central da carreira.

O reconhecimento veio em 2022, com o Prêmio Bibi Ferreira de melhor atriz coadjuvante. Mas a conquista, afirma, foi consequência de um percurso longo e sem atalhos. “Nada na minha vida foi fácil. Eu não vim de família com contatos na área. Foram anos subindo degrau por degrau. Quando ganhei o prêmio, pensei: valeu a pena.” No teatro e na TV, a personagem “Ciumenta”, de A Praça É Nossa, tornou-se um marco de popularidade, e também o embrião do monólogo que leva o nome da personagem e que Renata escreveu e produziu. “A identificação do público foi enorme. Todo mundo já sentiu ciúme em algum momento da vida. Eu só ampliei isso no palco”, conta.

Agora, Renata dá uma guinada para o drama. Ela prepara um novo espetáculo autoral, com temas mais íntimos. “Já que ninguém me chama pra fazer drama, eu faço o meu”, diz, rindo. Aos 30 anos de carreira, a atriz resume a fase atual como um intervalo entre atos: “Eu estou no meu intervalo. Espero que meu segundo ato seja ainda melhor que o primeiro”, afirma. Confira o papo na íntegra: