RETROGOSTO #92 – Dr. Henrique Razoni e Dra. Anna Vieira falam sobre a diferença entra as clínicas públicas e privadas

Luciana Vendraminii Luciana Vendramini https://mulher.istoe.com.br/author/luciana-vendramini/Luciana Vendramini, atriz, apresentadora e produtora brasileira, criou, produziu e atuou em peças teatrais, filmes, novelas e séries para os mais variados canais de TV nacionais e internacionais. Dentre eles, destacam-se: Rede Globo, SBT, TV Cultura, Sony, Fox, GNT e TCM/Turner.Com mais de 36 anos de carreira, estudou teatro no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) com o diretor Antunes Filho; dividiu os palcos e telas com imortais como Fernanda Montenegro, Tarcísio Meira e Paulo Gracindo. Obteve grande destaque em produções teatrais de renome como “Viagem ao centro da Terra”, uma peça multimídia, “Macário” e “4.48 Psicose”.Na televisão, participou de importantes obras da teledramaturgia nacional como “Vamp”, “Malhação”, “Rei do Gado” e “Da Cor do Pecado”. Protagonizou o primeiro beijo gay exibido em uma novela brasileira sobre a Ditadura Militar. Produziu, criou e apresentou a maior série documental da história da televisão brasileira, a série “Elas”, indicada ao APCA. Recentemente, fez história ao atuar na primeira produção 100% nacional da gigante Netflix, a série “Samantha”.

09/08/2023 - 17:33

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Uma continuação do episódio passado, onde recebi dois convidados maravilhosos, Dr.Henrique Razoni, médico formado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, especialista em Psiquiatria e a Dra.Anna Vieira, colunista de IstoÉ Mulher e especialista em Práticas Integrativas e complementares da Saúde e medicina canabinóide. Durante o episódio falamos sobre psiquiatria principalmente no âmbito de penitenciárias.

Henrique e eu falamos sobre os hospitais psiquiatricos e a diferença entre o hospital privado e o público. Visto que há muito desenvolvimento de práticas integrativas e equipamentos, enquanto as clínicas públicas tem cada vez menos espaço e cuidado com os pacientes.

Dr. Anna complementa durante o papo a importância dessas práticas na vida de quem está nessas condições. “As práticas  da medicina integrativa somam e ajudam essas pessoas… Hoje as PICs já estão até no SUS, mas nem todo mundo não tem acesso.”

Henrique comentou sobre seu trabalho como psiquiatra do Complexo Penitenciário de Salvador: “No Brasil a realidade de quem ta na penitenciária é de muita pobreza. A grande maioria é de classe baixa, então isso já reflete um pouco no tratamento… Mas de modo geral o sistema fragmenta os indivíduos, setorizando-os pelo crime que foi cometido, mas não aocntece de forma perfeito pois tem muito mais gente do que deveria ter”, complementa o Dr.

Henrique fala que a saúde mental na penitenciaria entra como um espaço de ressocialização, no ato de trazer de volta aquele indivíduo para a sociedade. “Mas vou ser bem honesto, é dificil esse tipo de tratamento, e eu tento me eximir um pouco quando atendo os pacientes, da visão legal, dificilmente eu preciso saber o que ele cometeu pra atender, eu tento não saber pra nao contaminar nossa relação e fazer o atendimento ser acolhedor.”

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