Sócia-líder da EY, Raquel Teixeira impulsiona empreendedorismo e liderança feminina

De empreendedora à liderança de uma multinacional, Raquel fortalece relações com o mercado de pequenas e médias empresas

Raquel Teixeira
Raquel Teixeira é líder na EY Private LATAM e atua no apoio ao crescimento de empresas privadas e no fortalecimento do empreendedorismo feminino na América Latina Foto: Divulgação

Da fundação de uma empresa própria à liderança em uma das maiores multinacionais de consultoria do mundo, Raquel Teixeira construiu uma trajetória marcada por empreendedorismo e impacto. Hoje, a profissional está à frente da EY Private LATAM, divisão da Ernst & Young dedicada a apoiar e acelerar o crescimento de empresas privadas e familiares na América Latina, além de liderar iniciativas que conectam e desenvolvem novos líderes no mercado.

Na atual posição, Raquel atua na estratégia de relacionamento com o mercado de pequenas e médias empresas. Além de estar à frente dos programas empresariais como Winning Women, EY Startup Hub e Empreendedor do Ano na América Latina.

Formada em pedagogia, com especialização em administração e psicopedagogia, Raquel fundou uma empresa na área de mobilidade internacional em 1998, após trabalhar quatro anos na parte administrativa de um escritório focado em legislação imigratória.

Como CEO do próprio negócio, ela oferecia suporte a expatriados e suas famílias no processo de imigração e realocação, incluindo serviços de acompanhamento e ambientação no Brasil. “Na época, esses atendimentos eram muito procurados por mulheres, porque elas buscavam por moradias e vagas em escolas para os filhos”, destaca a empresária.

Reconhecida no mercado, Raquel recebeu, em 2008, uma proposta para vender a empresa à EY. No mesmo ano, ela assumiu a posição de líder de imigração na multinacional com a missão de desenvolver a área no país. “A decisão de vender a empresa veio acompanhada da oportunidade de ocupar uma cadeira executiva e ao mesmo tempo entender o mundo corporativo”, afirma.

Com a transição, a empresária se capacitou, aprofundou os estudos em outro idioma e realizou especializações em diferentes áreas. “A organização não me exigiu nada além do conhecimento que eu já tinha. Mas, como sou uma pessoa inquieta e que questiona com facilidade, decidi que era o momento de evoluir e me atualizar”, garante.

Criando conexões

Aos poucos, Raquel começou a se interessar por outros setores dentro da multinacional. E, enquanto liderava a área técnica de imigração, passou a integrar o programa Winning Women, programa global da Ernst & Young que apoia o crescimento e a liderança de mulheres empreendedoras. “Era uma forma de conhecer e falar de outros temas relevantes e ainda manter a minha visão empreendedora”, diz.

Desde 2013, a EY realiza o programa Winning Women no Brasil com o objetivo de apoiar empreendedoras e fortalecer a presença feminina na liderança dos negócios. Raquel assumiu a coordenação da iniciativa em 2016.
A profissional reestruturou o programa e criou uma trilha de capacitação alinhada às reais necessidades das participantes brasileiras. “Como fui empreendedora por longos anos, sabia exatamente quais eram as dificuldades que uma mulher enfrenta no mercado”, afirma.

Raquel também observou que muitas empresárias, ao chegarem à banca de apresentação, não se reconhecem como líderes ou protagonistas dos próprios negócios. “Hoje, oferecemos treinamentos mensais não apenas para as líderes, mas para toda a equipe com mulheres, abordando temas como gestão, inovação e ESG, que são fundamentais para o desenvolvimento sustentável dos negócios.”

O programa já reuniu mais de 200 empreendedoras à frente de empresas de diferentes portes, setores e regiões do país, desde que foi implantado no Brasil. “A procura cresce entre 10% e 15% ao ano e, em 2024, batemos recorde de interesse, com 359 empresas inscritas”, conta.

Além da liderança do Winning Women, Raquel acumulou experiência em grandes eventos internacionais. Ela atuou na gestão do projeto dos Jogos Olímpicos Rio 2016, oferecendo suporte na transferência de estrangeiros para o Brasil durante o planejamento do evento.

Com uma atuação mais estratégica, a empresária passou a integrar outros projetos da EY e, em 2019, assumiu a coordenação do programa Empreendedor do Ano, incluindo outros programas de relacionamento dentro da empresa.

“As mudanças de áreas me tornaram uma profissional generalista, ou seja, capaz de orientar e impulsionar os empreendedores com um conhecimento mais amplo e uma visão mais assertiva dos negócios”, revela.

O programa Empreendedor do Ano, lançado há 30 anos, reconhece e valoriza líderes empresariais que atuam em diversas frentes do mercado. “Muitos dos participantes começaram suas trajetórias com startups ou pequenas e médias empresas, o que reforça a ideia de que grandes empresários também já foram pequenos empreendedores um dia”, afirma a empresária.

Atualmente, Raquel também lidera o programa EY Startup Hub, onde apoia empresas na identificação de riscos e no desenvolvimento de soluções estratégicas para o crescimento de novos negócios. “Na minha opinião, as startups definem o futuro, e o nosso papel é ser um elo de conexões que impulsionam respostas inovadoras não só para ela, como para o mercado.”