No dinâmico mundo corporativo, surge frequentemente a questão: o tempo de casa desempenha um papel crucial na conquista da liderança? Embora a resposta não seja uma fórmula universal, vamos explorar os aspectos da experiência acumulada, ao longo do tempo, como um fator determinante para o sucesso na trajetória rumo a cargos de liderança.
O tempo de casa oferece uma vantagem única: a oportunidade de assimilação da cultura organizacional. Aqueles que dedicam anos a uma empresa muitas vezes desenvolvem uma compreensão profunda de seus valores, objetivos e práticas, criando uma base sólida para liderar com eficácia. A familiaridade com o ambiente e a história da empresa pode ser um ativo valioso ao tomar decisões estratégicas.
Além disso, o tempo de casa proporciona o desenvolvimento de relacionamentos sólidos. A construção de uma rede de contatos ao longo dos anos não apenas facilita a colaboração, mas também contribui para a construção de uma liderança fundamentada na confiança e no entendimento mútuo. Essas conexões podem ser fundamentais para liderar equipes, resolver conflitos e promover um ambiente de trabalho positivo.
É importante não subestimar, no entanto, a importância da inovação e da adaptabilidade. Em setores onde a mudança é constante, indivíduos que ingressam recentemente na empresa podem trazer uma perspectiva fresca e novas ideias. Líderes eficazes precisam equilibrar a experiência acumulada com a capacidade de se adaptar às demandas em constante evolução do mercado.
Claro que não existe uma fórmula exata, mas o perfil dos profissionais tem mudado muito ao longo dos anos. Antes um dos fatores levados em consideração até mesmo para eliminar um candidato do processo seletivo, era o tempo que ele costumava ficar em cada empresa – se tinha passagens rápidas era malvisto.
Hoje algumas empresas enxergam os profissionais com muito tempo de casa com o estigma de serem “acomodados”, de estarem com “olhar viciado”, e por isso acabam não conseguindo evoluir na empresa.
O tempo de casa pode ser um fator importante para alcançar a liderança, mas não é o único. O equilíbrio entre a experiência e a capacidade de adaptação torna-se crucial. O reconhecimento da contribuição de ambos os perfis – o veterano na empresa e o talento emergente – é essencial para promover uma cultura organizacional diversificada e dinâmica.
Em um cenário onde a agilidade e a inovação são cada vez mais valorizadas, a liderança eficaz emerge da capacidade de integrar a riqueza da experiência adquirida ao longo do tempo com a flexibilidade necessária para liderar em um ambiente em constante transformação. O tempo de casa pode ser um trampolim, mas é a combinação inteligente de experiência e adaptabilidade que verdadeiramente impulsiona o sucesso na liderança.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
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