Nascida em Guarulhos, em São Paulo, Rebeca Andrade consagrou-se internacionalmente quando conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Foi a primeira ginasta brasileira a ser campeã olímpica e a primeira atleta do Brasil a ganhar duas medalhas numa mesma edição das olimpíadas.

Rebeca foi criada pela mãe, Rosa Santos, empregada doméstica que sustentou sozinha os oito filhos. Aos quatro anos, a atleta entraria no mundo da ginástica artística através de um projeto social da prefeitura de Guarulhos.

Sua participação nos treinos nem sempre foi seguida à risca, por falta de recursos para seu transporte até o ginásio Bonifácio Cardoso, da prefeitura de Guarulhos. Incentivada pelos técnicos, a família se uniu no esforço de levá-la ao ginásio e um dos irmãos comprou uma bicicleta para acompanhá-la.

Aos nove anos se tornou atleta do Flamengo, no Rio. Aos 13 conquistou seu primeiro campeonato profissional, o Troféu Brasil de Ginástica Artística.

Desde os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020, a paulista ganhou grande destaque internacional com sua desenvoltura nos saltos. Foi naquela olimpíada que a americana Simone Biles se retirou da disputa, para cuidar de sua saúde mental, abrindo vantagem para Rebeca, que acabou levando o ouro no salto individual contra Jade Carey.

Rebeca foi também bicampeã mundial no salto em 2021 e em 2023, e campeã mundial no individual geral de 2022. Primeira latino-americana que se sagrou medalhista e campeã olímpica na ginástica artística feminina.

Aos 25 anos, com 1m55 e 50kg, Rebeca é considerada uma das favoritas para as próximas finais de ginástica artística em Paris. Hoje, às 13h15, horário de Brasília, 15 países disputam a final do individual geral – a dupla brasileira será formada por Rebeca e Flávia Saraiva e a americana por Simone Biles e Sunisa Lee.

O grande embate entre Rebeca e Simone na final do salto será realizado no sábado, dia 3, às 11h20.

 

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