Por mais que a gente tenha vivido momentos negativos, todos nós só somos o que somos por causa deles. Temos uma história e devemos nossas conquistas a ela. Nossas dificuldades nos fortalecem quando conseguimos usá-las para esse fim.

Muitas pessoas ficam indignadas quando falo isso…

Elas me perguntam como eu posso ser grata por tanto sofrimento que vivi. Minha resposta é sempre a mesma: “Sou totalmente grata! Sou grata e honro os sofrimentos pelos quais passei, se não, eu não estaria aqui hoje”.

O outro lado:

“Mas Anna, como ser grata a alguém que me fez tão mal?”

Vou relembrar o que sempre falo, para ficar fixo em você: todas as pessoas estão fazendo o melhor que podem com o nível de consciência que possuem e com os recursos emocionais que têm disponíveis.

Sim, estou falando até mesmo das pessoas que fazem maldade.

Essas pessoas têm um nível de consciência tão baixo que o melhor que elas conseguem fazer para sobreviver é isso que estão fazendo. Quando entendemos esse contexto, fica muito mais fácil amar e aceitar as pessoas como elas são.

Quando falamos de pai e mãe, é o mesmo. Precisamos entender que eles sempre fizeram, e continuam fazendo, o melhor que podem. Ninguém pode dar o que não recebeu!

Aceitar não é ser conivente

Precisamos parar de querer que as pessoas sejam do jeito que nós queremos que elas sejam. Entenda: amar e aceitar o outro não é ser conivente.

Para você compreender melhor o que estou querendo dizer, vou explicar a diferença entre julgamento e discernimento.

Julgar é quando eu digo que o que você está fazendo é errado porque eu acredito ser errado. O julgamento vem envolvido com uma carga emocional muito forte.

Já o discernimento é a capacidade de entender que a pessoa é do jeito que é, aceitá-la e não querer mudá-la. Ao mesmo tempo em que você entende e aceita, você diz “aceito quem você é e não quero que você mude, mas dentro dos meus valores e do que é saudável para mim, isso não faz sentido” – e então você se afasta.

Percebe a diferença entre julgar e discernir?

Você não precisa ser conivente com atitudes ruins de outras pessoas, mas aceita que é o que elas têm para entregar e se afasta. Amar o próximo não é conviver com o próximo! É simplesmente amá-lo enquanto ser humano.

A força de amar a si mesmo

Agora, para realmente transformar a negatividade e o pensamento tóxico em oportunidades precisamos parar de alimentar nosso “eu negativo” – e nos amarmos cada dia mais.

Pensamentos tóxicos só são combatidos com autoamor.

Quando a gente se ama e se aceita fica TÃO mais fácil aceitar as outras pessoas!
E para esse amor crescer profundamente, precisamos estar abertos energeticamente. É claro que existem muitas afirmações positivas que podem ajudar (vou deixar algumas das que mais gosto no fim desse texto), mas nada adianta repetir as frases sem sentir dentro do coração.

As afirmações positivas são caminhos para ajudar você a fazer essa abertura energética, para ensinar o seu cérebro a mudar essa vibração por meio da repetição.

Onde você está colocando o seu foco e a sua energia? Será que é nas coisas “erradas” que você faz?

Isso é dar força para o “eu negativo”. É alimentar pensamentos tóxicos. Fortalecer o “eu negativo” é falar mal de si mesmo, dos outros ou do mundo. Isso é destruir sua autoestima. Por outro lado, quanto você trata a si mesma como uma amiga querida, mais você dissolve o eu negativo.

É um processo. E todos nós, aqui na Terra, estamos passando por ele. Não se cobre tanto, siga em crescimento, mas sempre com o amor e o cuidado que você merece.

Afirmações que fortalecem o “eu positivo”:

✨ “Eu estou disposto a aprender a me amar do jeitinho que eu sou”

✨ “Eu mereço ser feliz”

✨ “Eu me respeito e me faço ser respeitado”

✨ “Mereço tudo que há de bom e me liberto de qualquer necessidade de luta ou sofrimento”

✨ “Aceito os outros como são e, em troca, eles me aceitam”

Vamos seguindo e evoluindo nesse voo que é o autoconhecimento.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.